25 de jan. de 2012

A carta


Deixe em carta datada e marcada que um dia eu acreditei que todos os sentimentos existiriam sempre e que promessas seriam cumpridas. Elas nunca são.
Acreditei um dia que a vida iria me mostrar algo útil, que eu não temeria a morte ou o esquecimento, que não temeria ter apenas a companhia da solidão.
Que um dia a pessoa que me disse que se eu nunca fizesse aos outros o que não gostaria que fizessem comigo, que o que eu não gostaria que acontecesse comigo, não aconteceria de novo... E de novo.
Eu quis acreditar com todas as forças que tudo o que faço pelos outros, que outros fariam por mim, não é assim. Nunca foi, as pessoas não se doam tanto quanto eu.
Às vezes deixo de acreditar na amizade, outras vezes quando outros se mostram cruéis e tão egocêntricos que não enxergam a própria crueldade.
Mas eu percebi a tempo, que a dor maior não é pelo ferimento, mas pela falta de um colo para chorar, mesmo daqueles que sempre dei colo.
Mas eu amei... Eu amo, isso mantém a vida presa em mim.
Mas não falo de amor de amante nessa carta... Falo de amor de amizade, que nem sempre tem compaixão.
Gostaria de poder dizer ao mundo, que cuidassem melhor de seus amigos, como se fossem mesmo irmãos escolhidos, e não alguém por quem se tem interesses, por quem se recebe e nada se dá.
Mas aprendi a lição, aprendi que quando chega aqueles momentos... Os momentos onde a solidão e a dor são só minhas, e que ninguém aparece para estender a mão, que nesses momentos... Só tenho a minha companhia e o meu colo. Ainda posso me abraçar.

Um comentário:

Camilla ♥ disse...

Aw, curti o texto *-*

Bjonas e fique com Deus ♥

Camilla Martins - http://sugar-dance.org

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