14 de dez. de 2011

Carta para o meu amor que não me pertence mais


Ei, posso falar com você?

Desculpa incomodar, mas as coisas estão complicadas. Tá difícil de agüentar sem ter com quem falar. E você sabe que era o único que me escutava. Sabe garoto, as coisas vão de mal a pior desde que você se foi. Tenho vontade desistir, mesmo isso não fazendo parte de mim. É garoto, você sabe que eu não sou de desistir. Mas é que há tantos pensamentos diferentes aqui dentro. São tantas contradições, tantas perguntas sem respostas, tantos raciocínios sem base que parecem certos. Não sei se você está me entendendo, mas eu te entendo.Eu entendo mesmo o porquê de não falar comigo (afinal, você não está nem meescutando). Mas veja... Olhe aqui, bem aqui no fundo. Dá pra perceber que não estou como demonstro estar. Sei que tudo o que ando fazendo – essas auto defesas,automutilações – estão sendo em vão, mas é que eu não consigo desistir garoto.Não de você, não de nós: não de mim mesma. Na verdade, eu não sei bem o que há,mas sei que dói. E muito. E dói mais saber que dói e não saber o que fazer para parar de doer. É um tanto complicado. Dói por doer, entende? Ah garoto, queria tanto que me entendesse ainda. Era completa quando estava aqui, e agora... Agora não sou metade de mim mesma. Vê se pode, não é mesmo? Não dá nem pra acreditar que esse texto seja mais um desabafo. Parece mais palavras desgovernadas vindas de uma garota entediada.Mas é garoto, está tudo assim desde que você se foi: incompleto, ilógico,insano.

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